O futuro da saúde do coração e os dispositivos móveis

Existe uma grande expectativa sobre os aplicativos de smartphones e os dispositivos portáteis com relação a prevenção e o manuseio de doenças cardíacas.

Monitores sinalizam em ser o futuro da saúde do coração, com base em um artigo recente, publicado no Journal of American College of Cardiology, que destaca o potencialidade dos aplicativos de telefone e smartwatches para a prevenção e manuseio das doenças cardíacas, desde registros médicos até formas avançadas de captação e análise de dados.

Embora a saúde digital seja, sem dúvida, útil para a saúde do coração, os especialistas acreditam que a saúde móvel é especialmente promissora.

Primeiro, há vários dispositivos móveis que podem monitorar o ritmo cardíaco, o que é útil para pacientes com condições como a fibrilação atrial – tipo mais comum de arritmia cardíaca – afetando nos EUA mais de 6 milhões de pessoas e com a perspectiva de chegar próximo de 16 milhões em 2050.

Felizmentente, ferramentas de saúde móveis que monitoram e corrigem qualquer ritmo cardíaco anormal estão sendo desenvolvidas e testadas. Esses dispositivos podem salvar vidas de pacientes com arritmia cardíaca ou com risco de morte súbita cardíaca. No entanto, os autores observam que são necessárias pesquisas adicionais para testar esses dispositivos e seu impacto nos resultados.

Em um nível ainda mais amplo, esses dispositivos móveis também tem o potencial de proporcionar informações sobre exercícios e condicionamento físico, que são essenciais para a prevenção de doenças cardíacas.

A doença cardíaca é a principal causa de morte entre homens e mulheres nos Estados Unidos.

As diretrizes atuais recomendam pelo menos 150 minutos por semana de exercício moderado ou 75 minutos por semana de atividade vigorosa para promover a saúde e prevenir doenças cardíacas. No entanto, apenas um em cada três adultos dos EUA cumpre essas recomendações.

Existem atualmente centenas de aplicativos de atividades físicas disponíveis, de acordo com especialistas, que contam as etapas diárias e a atividade física. Os resultados sobre seu impacto na saúde são promissores.

Um relatório recente de dados disponíveis até 2016 encontrou evidências “moderadas” a “fortes” de que telefones celulares e dispositivos portáteis ajudam a aumentar a atividade física. Outra revisão, de 35 estudos, descobriu que os dispositivos móveis foram 77% eficazes no aumento da atividade física entre os usuários.

Mas, assim como no monitoramento da frequência cardíaca, ainda temos um longo caminho a percorrer para avaliar os efeitos dos aplicativos de atividade física.

Estudos de longo prazo são necessários para entender o impacto destes dispositivos em resultados nas doenças cardíacas e expectativa de vida. Segundo os autores, é muito cedo para dizer se os dispositivos terão um impacto significativo na prevenção e no manuseio das doenças crônicas.